Publicado em: 11/06/2025 às 11:21hs
Queda nas exportações de café verde
A exportação de café verde do Brasil totalizou 2,6 milhões de sacas de 60 kg em maio, registrando uma queda de 35,9% na comparação com o mesmo mês do ano ado, conforme divulgado nesta terça-feira pelo Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé). A redução é atribuída à menor disponibilidade de grãos antes do início da colheita em ritmo mais acelerado.
Os embarques da variedade arábica somaram 2,4 milhões de sacas, uma redução anual de 24,6%. Já as exportações de canéforas (robusta e conilon) caíram expressivos 77%, totalizando 202,7 mil sacas.
Apesar da forte queda frente a maio de 2024, o volume exportado em maio de 2025 ainda é superior ao do mesmo mês de 2023, quando o Brasil embarcou 2,1 milhões de sacas. Considerando também o café industrializado, especialmente o solúvel, as exportações brasileiras somaram 2,96 milhões de sacas em maio, representando um recuo de 33,3% em relação ao ano anterior.
Márcio Ferreira, presidente do Cecafé, explicou que o recuo está ligado à menor disponibilidade principalmente da espécie arábica, cuja colheita começou a ganhar ritmo somente em junho. Quanto aos grãos canéforas, apesar da colheita mais avançada, a queda nas exportações está relacionada à menor competitividade do produto brasileiro frente a países como Vietnã e Indonésia.
A oferta reduzida tem pressionado os preços do café exportado, que subiram 81,6% em um ano, alcançando US$ 419,49 por saca. Por isso, mesmo com o volume menor, a receita cambial com as exportações cresceu 21,1% no período, somando US$ 1,24 bilhão.
Ferreira destacou que o Brasil, junto a outros grandes produtores mundiais como Vietnã, Colômbia e Indonésia, enfrenta perdas de potencial produtivo em cinco safras consecutivas devido a extremos climáticos. Essa menor oferta global elevou os preços, impulsionando a receita das exportações brasileiras.
O aumento dos preços fez com que o Brasil reduzisse seus estoques. Apesar disso, as exportações totais em 2024 superaram 50 milhões de sacas, atingindo níveis recordes.
No acumulado até maio de 2025, os Estados Unidos lideram como maior importador do café brasileiro, com 2,874 milhões de sacas. Em seguida vêm Alemanha (2,112 milhões), Itália (1,375 milhão), Japão (1,089 milhão) e Bélgica (809.897 sacas).
Fonte: Portal do Agronegócio
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