Publicado em: 12/06/2025 às 11:40hs
As exportações totais de carne bovina do Brasil — que incluem carnes in natura, processadas e miudezas comestíveis — alcançaram US$ 1,297 bilhão em maio de 2025. Esse valor representa um crescimento de 19,6% em relação ao mesmo mês do ano ado, quando a receita foi de US$ 1,085 bilhão, segundo dados compilados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), com base em informações da Secex/MDIC.
No volume, as exportações também avançaram 8%, ando de 273.949 toneladas em maio de 2024 para 296.090 toneladas em maio de 2025.
O aumento mais expressivo na receita é explicado pela valorização dos preços da carne bovina brasileira no mercado internacional, reflexo também do aumento do preço do boi gordo no mercado interno.
Em maio de 2024, o preço médio da tonelada exportada foi de US$ 3.960, subindo para US$ 4.381 em maio de 2025.
No acumulado de janeiro a maio de 2025, as exportações de carne bovina somaram US$ 5,941 bilhões, crescimento de 22,5% frente aos US$ 4,849 bilhões no mesmo período do ano anterior.
O volume exportado foi de 1.348.801 toneladas, 12,6% acima das 1.197.901 toneladas registradas nos cinco primeiros meses de 2024.
O preço médio por tonelada subiu de US$ 4.048 para US$ 4.405 no período.
A China lidera a lista de compradores da carne bovina brasileira, importando 497.525 toneladas até maio de 2025, um aumento de 4,5% sobre as 476.267 toneladas no mesmo período de 2024.
A receita chinesa cresceu 16,6%, de US$ 2,114 bilhões para US$ 2,465 bilhões.
O preço médio por tonelada para a China subiu de US$ 4.440 para US$ 4.955, refletindo a valorização do produto no mercado interno brasileiro.
Apesar do crescimento em volume e receita, a participação da China no total exportado pelo Brasil caiu de 43,6% para 41,5%.
Os Estados Unidos aparecem na segunda posição, com um salto de 78,7% no volume importado, de 180.115 toneladas em 2024 para 321.820 toneladas em 2025.
A receita mais que dobrou, saltando de US$ 509,9 milhões para US$ 1,082 bilhão (+112,4%).
O preço médio por tonelada subiu de US$ 2.830 para US$ 3.365, elevando a participação dos EUA na receita total das exportações brasileiras de carne bovina de 10,5% para 18,2%.
O Chile se consolidou como o terceiro maior importador, aumentando suas compras em 28,4%, de 38.434 toneladas para 49.330 toneladas.
A receita chilena cresceu 44,6%, de US$ 182 milhões para US$ 263,1 milhões, impulsionada por uma alta nos preços médios de US$ 4.740 para US$ 5.330 por tonelada.
O México subiu para a quarta posição, com um salto expressivo de 150% no volume importado: de 14.272 toneladas em 2024 para 35.716 toneladas em 2025.
A receita mexicana registrou um crescimento ainda maior, de 182%, ando de US$ 66,2 milhões para US$ 186,7 milhões. Vale lembrar que no ano ado o México ocupava apenas a 110ª posição entre os importadores.
No total, 120 países aumentaram suas compras de carne bovina brasileira nos primeiros cinco meses de 2025, enquanto 44 países reduziram suas importações.
A exportação brasileira de carne bovina registra crescimento expressivo em receita e volume, impulsionada pela alta dos preços internacionais e a valorização do produto no mercado interno. China mantém a liderança, mas os Estados Unidos e outros mercados ganham força, ampliando a diversificação dos destinos da carne brasileira.
Fonte: Portal do Agronegócio
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