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Exportação de carne bovina cresce 20% em receita e 8% em volume no mês de maio, aponta Abrafrigo

Receita e volume das exportações sobem em maio


Publicado em: 12/06/2025 às 11:40hs

Exportação de carne bovina cresce 20% em receita e 8% em volume no mês de maio, aponta Abrafrigo

As exportações totais de carne bovina do Brasil — que incluem carnes in natura, processadas e miudezas comestíveis — alcançaram US$ 1,297 bilhão em maio de 2025. Esse valor representa um crescimento de 19,6% em relação ao mesmo mês do ano ado, quando a receita foi de US$ 1,085 bilhão, segundo dados compilados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), com base em informações da Secex/MDIC.

No volume, as exportações também avançaram 8%, ando de 273.949 toneladas em maio de 2024 para 296.090 toneladas em maio de 2025.

Preços mais altos impulsionam crescimento na receita

O aumento mais expressivo na receita é explicado pela valorização dos preços da carne bovina brasileira no mercado internacional, reflexo também do aumento do preço do boi gordo no mercado interno.

Em maio de 2024, o preço médio da tonelada exportada foi de US$ 3.960, subindo para US$ 4.381 em maio de 2025.

Resultado acumulado nos cinco primeiros meses de 2025

No acumulado de janeiro a maio de 2025, as exportações de carne bovina somaram US$ 5,941 bilhões, crescimento de 22,5% frente aos US$ 4,849 bilhões no mesmo período do ano anterior.

O volume exportado foi de 1.348.801 toneladas, 12,6% acima das 1.197.901 toneladas registradas nos cinco primeiros meses de 2024.

O preço médio por tonelada subiu de US$ 4.048 para US$ 4.405 no período.

China permanece como principal comprador, mas com menor participação

A China lidera a lista de compradores da carne bovina brasileira, importando 497.525 toneladas até maio de 2025, um aumento de 4,5% sobre as 476.267 toneladas no mesmo período de 2024.

A receita chinesa cresceu 16,6%, de US$ 2,114 bilhões para US$ 2,465 bilhões.

O preço médio por tonelada para a China subiu de US$ 4.440 para US$ 4.955, refletindo a valorização do produto no mercado interno brasileiro.

Apesar do crescimento em volume e receita, a participação da China no total exportado pelo Brasil caiu de 43,6% para 41,5%.

Estados Unidos ampliam significativamente as importações

Os Estados Unidos aparecem na segunda posição, com um salto de 78,7% no volume importado, de 180.115 toneladas em 2024 para 321.820 toneladas em 2025.

A receita mais que dobrou, saltando de US$ 509,9 milhões para US$ 1,082 bilhão (+112,4%).

O preço médio por tonelada subiu de US$ 2.830 para US$ 3.365, elevando a participação dos EUA na receita total das exportações brasileiras de carne bovina de 10,5% para 18,2%.

Chile e México ganham destaque entre os principais compradores

O Chile se consolidou como o terceiro maior importador, aumentando suas compras em 28,4%, de 38.434 toneladas para 49.330 toneladas.

A receita chilena cresceu 44,6%, de US$ 182 milhões para US$ 263,1 milhões, impulsionada por uma alta nos preços médios de US$ 4.740 para US$ 5.330 por tonelada.

O México subiu para a quarta posição, com um salto expressivo de 150% no volume importado: de 14.272 toneladas em 2024 para 35.716 toneladas em 2025.

A receita mexicana registrou um crescimento ainda maior, de 182%, ando de US$ 66,2 milhões para US$ 186,7 milhões. Vale lembrar que no ano ado o México ocupava apenas a 110ª posição entre os importadores.

Expansão global nas importações brasileiras

No total, 120 países aumentaram suas compras de carne bovina brasileira nos primeiros cinco meses de 2025, enquanto 44 países reduziram suas importações.

A exportação brasileira de carne bovina registra crescimento expressivo em receita e volume, impulsionada pela alta dos preços internacionais e a valorização do produto no mercado interno. China mantém a liderança, mas os Estados Unidos e outros mercados ganham força, ampliando a diversificação dos destinos da carne brasileira.

Fonte: Portal do Agronegócio

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