Publicado em: 11/06/2025 às 11:00hs
O mercado da soja registrou leve valorização na Bolsa de Chicago nesta quarta-feira (11), com os investidores atentos a fatores climáticos nos Estados Unidos e às negociações comerciais entre China e Estados Unidos. Apesar do comportamento moroso nos últimos dias, o cenário continua sendo influenciado por dados da nova safra norte-americana e pela expectativa em torno do próximo relatório do USDA.
Por volta das 7h15 (horário de Brasília), os contratos futuros da soja operavam em alta modesta, com ganhos entre 1,50 e 2 pontos nos principais vencimentos. O contrato para julho era cotado a US$ 10,59 por bushel, enquanto o vencimento de setembro estava em US$ 10,25 por bushel.
A movimentação reflete um mercado ainda cauteloso, mas em campo positivo, influenciado principalmente pelas condições climáticas no cinturão agrícola dos Estados Unidos (Corn Belt) e pela proximidade da divulgação do novo boletim mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), previsto para esta quinta-feira (12).
Na terça-feira (10), os contratos da soja encerraram o dia de forma mista. O contrato de julho, referência para a safra brasileira, subiu 1,75% e fechou cotado a US$ 1057,75 por bushel. Já o contrato de agosto teve valorização mais tímida, de 0,17%, encerrando a US$ 1049,50.
A TF Agroeconômica destacou que a falta de estímulos relevantes durante o pregão contribuiu para o desempenho moderado dos preços. A continuidade do plantio em ritmo adequado nos Estados Unidos e a manutenção da qualidade das lavouras dentro do esperado ajudaram a manter os preços estáveis.
No mercado de derivados, o farelo de soja para julho subiu 0,14%, fechando em US$ 295,9 por tonelada curta. Já o óleo de soja registrou alta mais expressiva, de 0,87%, alcançando US$ 47,79 por libra-peso. A valorização do óleo foi impulsionada pela redução nas importações de biodiesel pelos Estados Unidos, o que reduziu a oferta interna e sustentou os preços.
No cenário nacional, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) manteve suas projeções para a safra de soja brasileira, que já foi colhida, sem apresentar alterações significativas.
Outro fator observado pelos investidores é a retomada das conversas comerciais entre Estados Unidos e China. A segunda rodada de negociações ocorreu em Londres, com foco nas tarifas e no o às chamadas “terras raras”. Apesar da ausência de detalhes, foi firmado um acordo preliminar para a retomada do fluxo de produtos sensíveis, o que ainda dependerá da aprovação dos presidentes Donald Trump e Xi Jinping.
Segundo o presidente norte-americano, “a China não está fácil”, indicando que os avanços nas tratativas ainda são incertos. O mercado, no entanto, reagiu positivamente à possibilidade de progresso nas conversas, com os grãos futuros abrindo em leve alta na noite de terça-feira.
Fonte: Portal do Agronegócio
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