Preços Agropecuários

Mercado de milho segue travado no Brasil com baixa liquidez e oscilações na B3 e Chicago

Baixa liquidez nos estados produtores


Publicado em: 12/06/2025 às 11:00hs

Mercado de milho segue travado no Brasil com baixa liquidez e oscilações na B3 e Chicago

O mercado de milho continua registrando fraca movimentação em importantes estados produtores, com produtores relutantes em vender e compradores cautelosos. No Rio Grande do Sul, mesmo com a proximidade da colheita da safrinha, o cenário segue travado. Segundo a TF Agroeconômica, os preços permanecem estáveis:

  • R$ 66,00 por saca em Santa Rosa e Ijuí
  • R$ 67,00 em Não-Me-Toque
  • R$ 68,00 em Marau, Gaurama e Seberi
  • R$ 70,00 em Arroio do Meio, Lajeado e Montenegro

No interior do estado, os pedidos para entregas em junho variam de R$ 65,00 a R$ 68,00, sem espaço para negociações. Os vendedores não demonstram urgência em fechar negócios.

Santa Catarina avança na colheita, mas preços travam mercado

Em Santa Catarina, a colheita avança, mas o mercado também está parado por conta de desacordos em relação aos preços. No porto, as referências se mantêm em:

  • R$ 72,00 por saca para entrega em agosto (pagamento em 30/09)
  • R$ 73,00 para entrega em outubro (pagamento em 28/11)

Para as cooperativas locais, os preços giram em torno de:

  • R$ 69,00 em Papanduva
  • R$ 70,00 em Campo Alegre
  • R$ 71,00 no Oeste e na região Serrana
Paraná: produtores mantêm preços firmes

No Paraná, o mercado permanece com baixa movimentação, resultado de um ime entre produtores, que seguram os preços, e compradores mais cautelosos. Nos Campos Gerais, o milho disponível é ofertado a R$ 76,00 por saca FOB, com pedidos pontuais alcançando R$ 80,00. As ofertas CIF para entrega em junho, com pagamento ao fim do mês, giram em torno de R$ 73,00, especialmente para a indústria de ração.

Liquidez baixa também no Mato Grosso do Sul

No Mato Grosso do Sul, mesmo com o início pontual da colheita, o mercado apresenta liquidez reduzida. Apesar de leves quedas nos preços, as negociações seguem limitadas. As cotações atuais são:

  • R$ 51,98 por saca em Dourados
  • R$ 55,00 em Campo Grande e Sidrolândia
  • R$ 57,00 em Maracaju
  • R$ 50,82 em Chapadão do Sul
Oscilações no mercado futuro de milho na B3

Na Bolsa Brasileira (B3), o mercado futuro de milho fechou a quarta-feira (11/06) com cotações mistas. O movimento refletiu a pressão de baixa vinda da Bolsa de Chicago e a valorização do real frente ao dólar. A alta da moeda brasileira tem desestimulado as vendas para exportação, o que colabora com a lentidão nos negócios.

A única valorização do dia ocorreu no contrato com vencimento em março de 2026. Os demais fecharam em queda:

  • Julho/25: R$ 63,73 (-R$ 0,51 no dia, -R$ 0,27 na semana)
  • Setembro/25: R$ 67,88 (-R$ 0,42 no dia, -R$ 0,70 na semana)
Chicago recua antes de relatório do USDA

Na Bolsa de Chicago, os contratos futuros de milho também registraram queda, influenciados por ajustes de posições antes da divulgação do relatório WASDE do USDA. A ausência de avanços nas negociações comerciais entre China e Estados Unidos e as tensões políticas com o México também aumentaram a insegurança dos investidores.

As cotações foram:

  • Julho: US$ 437,00 por bushel (-0,40%)
  • Setembro: US$ 425,25 por bushel (-0,06%)

Há expectativa de que o relatório do USDA revele redução na área plantada nos EUA, mas com aumento na produtividade, o que pode impactar diretamente os estoques finais do país.

Fonte: Portal do Agronegócio

◄ Leia outras notícias