Publicado em: 12/06/2025 às 10:30hs
Os contratos futuros da soja continuam em queda na Bolsa de Chicago nesta quinta-feira (12), refletindo um cenário de cautela entre os investidores. Por volta das 6h55 (horário de Brasília), os principais vencimentos da oleaginosa apresentavam perdas entre 1,50 e 5 pontos, com o contrato de julho cotado a US$ 10,45 e o de setembro a US$ 10,19 por bushel.
A atenção dos traders está voltada para a divulgação do novo relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), prevista para às 13h (horário de Brasília). O mercado aguarda principalmente os dados sobre os estoques finais das safras 2024/25 e 2025/26, o que tem provocado uma postura defensiva por parte dos investidores.
Apesar de avanços nas negociações comerciais entre China e Estados Unidos, as tarifas entre os dois países foram mantidas, o que segue limitando a demanda chinesa pela soja norte-americana. O Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou durante audiência na Câmara que as negociações foram bem-sucedidas e que os Estados Unidos seguem em conversas com 18 parceiros comerciais importantes. Segundo ele, a China tem a chance de estabilizar sua economia ao migrar de um modelo exportador baseado em produção industrial para outro com foco maior no consumo doméstico.
Na quarta-feira (11), os contratos futuros da soja fecharam em queda após um início de sessão positivo motivado pelas notícias sobre as negociações entre EUA e China. A reversão no movimento de alta ocorreu com a previsão de condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento das lavouras norte-americanas, o que reforçou a tendência de baixa.
Analistas internacionais projetam que o USDA deve indicar um pequeno corte na produção de soja dos EUA para a safra 2025/26, estimando 4,338 bilhões de bushels, levemente abaixo dos 4,340 bilhões previstos em maio. Já os estoques de agem devem ser elevados, com previsão de 302 milhões de bushels para 2025/26 (ante 295 milhões de maio) e 352 milhões para 2024/25 (acima dos 350 milhões anteriores).
Em relação ao quadro global, a expectativa é de leve queda nos estoques finais de soja em 2024/25, ando de 123,2 milhões de toneladas (em maio) para 123,1 milhões. Para 2025/26, o número deve subir para 124,6 milhões, frente aos 124,3 milhões projetados anteriormente.
No cenário sul-americano, a estimativa da safra brasileira deve ser ajustada de 169 para 169,2 milhões de toneladas, enquanto a previsão para a Argentina permanece em 49 milhões.
Os contratos da soja em grão com entrega em julho encerraram a quarta-feira em baixa de 7,25 centavos de dólar (queda de 0,68%), a US$ 10,50 1/2 por bushel. A posição novembro fechou cotada a US$ 10,29 1/4, com perda de 2,00 centavos ou 0,19%.
Entre os subprodutos, o farelo com vencimento em julho caiu US$ 1,70 (0,57%), fechando a US$ 294,20 por tonelada. Já o óleo de soja registrou alta de 0,23 centavo ou 0,48%, terminando o dia a 48,02 centavos de dólar por libra-peso.
Fonte: Portal do Agronegócio
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