Publicado em: 10/06/2025 às 09:00hs
Na última quinta-feira (29), o município de Treze Tílias recebeu o do Projeto Campo Futuro voltado para a pecuária de leite. O encontro foi realizado no formato híbrido, reunindo produtores rurais, representantes do Sistema Faesc/Senar, Sindicatos Rurais, técnicos da CNA e profissionais locais.
A iniciativa é uma ação do Sistema CNA/Senar, em parceria com o Sistema Faesc/Senar, o Sindicato Rural de Água Doce e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), buscando promover o desenvolvimento sustentável e o planejamento da atividade leiteira na região.
O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc), Clemerson Argenton Pedrozo, destacou sua satisfação em participar novamente do Projeto Campo Futuro. Ele ressaltou o empenho do presidente José Zeferino Pedrozo na valorização da pecuária leiteira e demais setores produtivos, evidenciando a relevância do trabalho realizado pelo Sistema Faesc/Senar, CNA e Sebrae Nacional para produtores de Santa Catarina e do Brasil.
Clemerson Pedrozo reforçou o papel do Campo Futuro como ferramenta essencial para que o produtor rural compreenda melhor seus custos, planeje suas atividades e tome decisões estratégicas. Segundo ele, Santa Catarina, com apenas 1,12% do território nacional, é o quarto maior produtor de leite do país e destaca-se na produção por animal.
Ele também reafirmou o compromisso da Faesc em apoiar a pecuária leiteira por meio da Assistência Técnica e Gerencial, cursos do Senar/SC e ações promovidas pelos Sindicatos Rurais.
O presidente do Sindicato Rural de Água Doce, Newton Luiz Bedin, enfatizou a relevância do projeto para fortalecer a cadeia produtiva do leite tanto na região quanto no estado.
O assessor técnico da CNA, Guilherme Souza Dias, detalhou o perfil das propriedades da região, que possuem cerca de 40 hectares e adotam o sistema semiconfinado de produção de leite. Esse sistema combina o uso de pastagens de inverno e verão, silagem e suplementação concentrada.
De acordo com Dias, o rebanho predominante é da raça holandesa, com uma média de 36 vacas em lactação por propriedade. Cada vaca produz cerca de 25 litros de leite por dia, totalizando aproximadamente 900 litros diários por fazenda.
O especialista explicou que a receita obtida permite cobrir não só os custos operacionais efetivos, mas também os custos operacionais totais, que incluem a depreciação da infraestrutura e o pró-labore do produtor. Isso indica uma boa eficiência produtiva, com capacidade de reposição dos investimentos nas benfeitorias ao final de sua vida útil.
Guilherme Dias destacou ainda que, embora a remuneração do capital investido tenha ficado abaixo do esperado, a atividade leiteira mostrou-se mais eficiente no uso da terra do que outras opções na região. A margem bruta por hectare superou significativamente o valor pago pelo arrendamento das terras, indicando um bom desempenho econômico para os produtores.
O Projeto Campo Futuro reforça seu papel como uma ferramenta importante para apoiar a sustentabilidade econômica da pecuária de leite em Santa Catarina, oferecendo dados e análises que auxiliam produtores na tomada de decisões mais estratégicas e eficientes.
Fonte: Portal do Agronegócio
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