Publicado em: 12/06/2025 às 13:30hs
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) aprovou um novo projeto de pesquisa coordenado pela Embrapa Pecuária Sudeste, com investimento de R$ 2 milhões. Intitulado “Diagnóstico qualitativo, monitoramento e prospecção de cenários futuros para conversão de pastagens degradadas no Brasil”, o estudo será liderado pela pesquisadora Patrícia Menezes Santos e realizado em parceria com diversas instituições acadêmicas, de extensão rural e centros de pesquisa do país.
As pastagens ocupam cerca de 160 milhões de hectares no Brasil, segundo dados do MapBiomas, porém grande parte dessas áreas apresenta algum grau de degradação. Políticas públicas como a Taxonomia Sustentável Brasileira e o Programa Caminho Verde visam estimular a recuperação e transformação desse cenário, promovendo práticas mais sustentáveis.
A recuperação das áreas degradadas traz vantagens ambientais, sociais e econômicas. Entre os benefícios estão:
Esses ganhos impactam diretamente na sustentabilidade do setor pecuário e na mitigação das mudanças climáticas.
As estatísticas sobre a degradação de pastagens no Brasil ainda são imprecisas devido à falta de padronização nos conceitos e metodologias. As características da degradação variam conforme o bioma e a região, exigindo métodos diversificados para avaliação precisa.
Patrícia Menezes destaca que aprimorar os métodos de diagnóstico é essencial para definir metas e monitorar políticas públicas ligadas às pastagens, além de contribuir para o Inventário Nacional de Gases de Efeito Estufa.
O projeto visa apoiar o planejamento e o monitoramento de políticas nacionais com foco em pastagens. Entre os resultados esperados estão:
O projeto conta com a participação de diversas unidades da Embrapa, universidades federais, institutos de pesquisa e centros de extensão rural. Entre os parceiros estão:
A degradação das pastagens varia segundo o bioma, mas pode ser avaliada por indicadores como a cobertura do solo, composição botânica, disponibilidade de biomassa e características do solo. A recuperação melhora a fertilidade e protege o solo, aumenta a qualidade da forragem, controla a erosão e contribui para a infiltração da água, prevenindo o assoreamento dos rios.
Do ponto de vista econômico, pesquisas da Embrapa mostram que pastagens degradadas produzem em média até 150 kg de peso vivo por hectare ao ano, enquanto áreas recuperadas podem dobrar ou triplicar essa produtividade, resultando em maior renda para os pecuaristas.
Este projeto reforça o compromisso do Brasil com a sustentabilidade da agropecuária e a melhoria contínua do manejo das pastagens, alinhando produção e conservação ambiental.
Fonte: Portal do Agronegócio
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